Pesquisa por: Karullyn Mesquita
Cerca de 830 mil pessoas do
Brasil possuem HIV. Em um País com aproximadamente 206 milhões de
habitantes – segundo dados do IBGE de 2016 – a parcela de pessoas infectadas
com HIV corresponde a 0,4% da população. É coisa pra caramba, não acham?!
Buscando diminuir os casos de infecção e expansão da doença, o Sistema Único de Saúde (SUS) começou na última
segunda-feira, 29/05, a distribuição de um medicamento que previne a
contaminação pelo vírus do HIV. A proposta do medicamento, o PrEP, é
reduzir o risco da aquisição viral através de relações sexuais sem proteção
adequada.
PrEP vem de Profilaxia
Pré-exposição ao vírus do HIV. O medicamento é antirretroviral, ou seja,
ele diminui/previne possíveis danos que o vírus possa causar ao sistema imunológico, pois bloqueia o seu ciclo de
multiplicação, impedindo a infecção do organismo. Apesar de não representar a
cura para a doença e seu uso não ser indicado à pessoas já infectadas – ele
pode causar resistência ao tratamento convencional contra o vírus –, ele é um
importante aliado no controle da infecção, reduzindo o seu risco em mais
de 90%. O uso do PrEP pode ser na forma de gel ou em comprimido, forma em
distribuição no Brasil e de uso contínuo, já que o comprimido deverá ser
tomado diariamente.
O medicamento já foi liberado
pela Anvisa e sua distribuição começou nas seguintes cidades: Porto Alegre,
Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Manaus,
Brasília, Florianópolis, Salvador e Ribeirão Preto. Os hospitais públicos destas
cidades têm o prazo de 180 dias para adotar e distribuir o novo medicamento,
sendo que gays, homens que transam com outros homens (pessoas do sexo masculino
que frequentemente ou esporadicamente têm atividades sexuais com pessoas do
sexo masculino, com ou sem penetração anal), profissionais do sexo e
transgêneros são considerados populações-chave pela OMS (Organização Mundial da
Saúde) e serão os primeiros beneficiados.
Ainda que a AIDS seja uma
doença considerada “estabilizada” no Brasil, o primeiro País da América Latina
a utilizar desta estratégia através de um sistema público de saúde, cabe
destacar que das quase 830 mil pessoas infectadas, 372 mil não estão em
tratamento. Destas, 260 mil já sabem da infecção e 112 mil nem sabem da
existência do vírus. Isto reforça – ainda mais – a importância do uso de
preservativo durante relações sexuais, que além de ter uma eficácia maior,
previne outros tipos de DSTs, como sífilis, gonorreia, hepatites B e C, entre outras.
Vamos cuidar da nossa saúde e da
saúde do próximo. Por mais que o medicamento possa ser de fácil acesso, seja
consciente e previna-se. A prevenção ainda é a melhor forma de controle e está
ao alcance de todos.
Fonte: Portal Brasil.

Nenhum comentário:
Postar um comentário