Pesquisa por: Eduardo Santos
A lesma-do-mar Elysia
chlorotica se parece com uma folha por causa da intensa cor verde e
formato característico. Ao investigar como o molusco consegue viver por até
nove meses "alimentando-se" só de luz solar, cientistas descobriram
que as características comuns entre a lesma e as plantas não se limitam à
aparência folhosa: seu DNA contém um gene da alga
que permite que o animal faça fotossíntese.
Vaucheria litorea
Cientistas descobriram que isso só
é possível graças à presença de um gene de alga no DNA da lesma. "Esse
trabalho confirma que um dos vários genes de alga necessários para reparar os
danos aos cloroplastos e mantê-los funcionando está presente no cromossomo da
lesma", diz um dos autores do estudo, Sidney K. Pierce, professor emérito
da Universidade do Sul da Flórida e da Universidade de Maryland.
Já se sabia que a lesma era capaz
de "roubar" dessas algas - de quem se alimenta - uma organela
presente em suas células chamada cloroplasto, responsável pela fotossíntese. O
cloroplasto vai parar dentro das células digestivas do molusco e continua
fazendo fotossíntese, processo que gera carboidratos e lipídios que nutrem a
lesma.
"O gene é incorporado ao
cromossomo da lesma e transmitido para a próxima geração de lesmas", diz
Pierce. As próximas gerações de lesma continuam tendo de "roubar"
cloroplastos de novas algas para fazerem fotossíntese, mas já têm o gene
necessário para fazê-los funcionar por um bom tempo.

Achei super legal essa matéria <3
ResponderExcluirÉ incrível mesmo, saber que tudo que pensamos ser verdade pode vir a ser falseado a qualquer momento. A Biologia é uma ciência incrível!
ResponderExcluirValeu pela contribuição Eduardo!